O presente blogue versa sobre várias questões e pretende abordar/divulgar principalmente temas como: transportes, consumo de combustivel, eco-condução, mobilidade, segurança rodoviária, cidadania, código da estrada, regulamentos, legislação laboral, livrete individual de controlo, tacógrafos, qualificação/formação dos motoristas, certificado de aptidão de motorista, carta de qualificação motorista, novas obrigações para motoristas, revalidação da carta de condução, segurança e saúde no trabalho entre outros de forma genérica.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Perigos e riscos a que os motoristas estão expostos.

90% dos Motoristas de trans. públicos não chegavam aos 60 anos com saúde.
Entre os principais perigos e riscos físicos, contam-se os seguintes: a exposição a vibrações e a longa permanência na posição de sentado (concepção do assento, da cabina e de outros equipamentos); a movimentação manual de cargas; a exposição ao ruído – nas operações de carga e descarga, e durante a condução (motores, pneus, ventilador, etc.); inalação de gases e vapores, e manipulação de substâncias perigosas (gases de escape, produtos químicos transportados, combustível, exposição ao pó da estrada nas operações e nas pausas para descanso e para lavagem e preparação do veículo); condições climáticas (calor, frio, seca, chuva, etc.); pouca margem para a adopção de condições de trabalho ergonómicas e estilos de vida saudáveis.
A fadiga é, o problema de saúde mais reportado nos transportes. O sector dos transportes rodoviários é altamente competitivo. O trabalho é cada vez mais intenso, e os motoristas sofrem pressões cada vez maiores, nomeadamente por parte dos clientes, que querem que os serviços sejam mais rápidos e mais baratos, a que se somam problemas como os da gestão baseada na satisfação imediata, bem como os dos horários irregulares e dos longos períodos de trabalho de muitos destes trabalhadores.
A violência e o assédio estão a aumentar no sector dos transportes, mas, na maior parte dos casos, não são comunicados. É frequente os trabalhadores do sector dos transportes terem de agir como intermediários involuntários em matéria de mudanças organizativas que afectam o serviço prestado aos clientes. Faltam, também, procedimentos de comunicação, medidas de prevenção e hábitos de acompanhamento.
As mudanças no perfil das funções incluem a utilização cada vez mais intensa das novas tecnologias – ferramentas de planeamento e monitorização à distância, computadores de bordo para comunicação e registo. A necessidade de conhecimento dos códigos da estrada existentes, regulamentos e de línguas. Por outro lado, o trabalho é mais monótono e as oportunidades de aprendizagem mais escassas comparativamente ao que acontece com a população activa em geral.

Alguns problemas e questões em destaque:
  1. Violência e assédio. 
  2. Trabalho solitário. 
  3. Trabalho por turnos. 
  4. Tarefas simultâneas dificilmente compatíveis (atender clientes e conduzir), que dão origem a tensão arterial elevada e a doenças cardiovasculares. 
  5. Falta de formação e de sistemas de comunicação 
  6. Problemas relacionados com o horário de trabalho e o trabalho por turnos.
  7. Concepção do local de trabalho. 
  8. Necessidade de utilizar meios de comunicação durante a condução.
  9. Gestão just-in-time, que provoca muita pressão no trabalho. 
  10. Pressões exercidas pelos clientes.
  11. Acessibilidade das instalações e dos serviços (higiene, alimentação, assistência médica) 
  12. Doenças infecciosas 
  13. Longa permanência na posição de sentado e exposição a vibrações 
  14. Riscos de acidente incluindo os de incêndio e explosão, condições climatéricas.
  15. Questões organizativas relacionadas com o trabalho – a pressão no trabalho provocada por alterações de última hora nas tarefas e a utilização de sistemas de contacto (os motoristas recebem instruções enquanto conduzem).

A convergência e a combinação específica de riscos e factores envolventes – nomeadamente os riscos ergonómicos, os factores de tensão ao nível da organização do trabalho, o ruído, as substâncias perigosas, as vibrações, os horários de trabalho irregulares, o afastamento de casa e a inexistência de um local de trabalho fixo, a falta de instalações, a complexidade da situação laboral, a necessidade constante de adaptação e as inúmeras alterações estruturais do sector – constituem um enorme desafio em termos de controlo e prevenção.

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