O presente blogue versa sobre várias questões e pretende abordar/divulgar principalmente temas como: transportes, consumo de combustivel, eco-condução, mobilidade, segurança rodoviária, cidadania, código da estrada, regulamentos, legislação laboral, livrete individual de controlo, tacógrafos, qualificação/formação dos motoristas, certificado de aptidão de motorista, carta de qualificação motorista, novas obrigações para motoristas, revalidação da carta de condução, segurança e saúde no trabalho entre outros de forma genérica.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tapar buracos é um segredo bem guardado.

As empresas que se especializaram no fabrico das massas de nova geração não gostam de revelar a composição exacta dos betumes que produzem para tapar os buracos das ruas, por uma questão de concorrência. Resultado? Muitas vezes, as câmaras e outros organismos públicos compram gato por lebre.

É para lançar alguma luz no obscuro universo dos buracos das estradas que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) tem em curso uma investigação financiada pelas Estradas de Portugal, destinado a testar os diferentes produtos existentes no mercado. “Como não sabemos qual é exactamente a sua composição, temos de fazer ensaios para avaliar o desempenho destas massas”, diz a investigadora responsável pelo projecto, Maria de Lurdes Antunes. “Até agora, existe apenas um conhecimento empírico de quem as usou no terreno”.
A especialista explica que estes betumes modificados, ou emulsões betuminosas, têm apenas cerca de uma década de existência. Os seus fabricantes prometem todos o que os seus antecessores não conseguiam garantir: a aderência da massa ao buraco mesmo em condições de humidade. “É um tipo de material muito específico e muito mais caro do que o habitualmente usado”, prossegue Lurdes Antunes. Inclui betume, que é um derivado do petróleo, misturado com cimento ou pedras de dimensões variáveis, e ainda um emulsionante que faz esta massa endurecer depois de aplicada. O alcatrão é produto que já não pode ser usado, por ser altamente cancerígeno.
Não é só a composição do produto que determina a sua aderência e durabilidade, frisa a investigadora. Se a sua aplicação não for a mais correcta isso pode comprometer tudo. Por outro lado, o LNEC já percebeu que o problema de algumas destas massas se relaciona com a sua embalagem, que, não sendo suficientemente estanque, permite a entrada do ar e portanto o seu endurecimento.



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