O presente blogue versa sobre várias questões e pretende abordar/divulgar principalmente temas como: transportes, consumo de combustivel, eco-condução, mobilidade, segurança rodoviária, cidadania, código da estrada, regulamentos, legislação laboral, livrete individual de controlo, tacógrafos, qualificação/formação dos motoristas, certificado de aptidão de motorista, carta de qualificação motorista, novas obrigações para motoristas, revalidação da carta de condução, segurança e saúde no trabalho entre outros de forma genérica.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

REGRESSO ÁS AULAS.

Com as férias quase no fim, o início do ano lectivo aí está a bater à porta novamente. Para muitos jovens a ida para a escola é já uma rotina. Para outros é uma (nova) aventura. A rotina ou a novidade dependem de vários factores, entre os quais a idade da criança e o facto de ir frequentar a escola pela primeira vez, ir para uma nova escola ou continuar na mesma. Frequentemente os pais questionam-se sobre as condições de segurança do trajecto entre a casa e a escola e sobre os cuidados que devem ter, entre os quais qual o grau de autonomia que devem dar aos seus filhos. Não pretendendo esgotar o tema, aqui ficam algumas sugestões:
 Se os filhos vão utilizar transportes públicos pela primeira vez, especialmente se vão para uma nova escola, é conveniente que os pais façam o trajecto completo com eles antes de as aulas se iniciarem. Devem também ensiná-los a distinguir a carreira que lhes interessa.
Quando os pais levam os filhos para a escola de carro, devem observar diversas regras para salvaguardarem a segurança deles e das outras crianças. Em primeiro lugar, devem assegurar-se de que os seus filhos põem o cinto e não iniciar a viagem sem que tal aconteça, mesmo que o trajecto seja muito curto. Claro que primeiro deverão colocar o seu, pois não podem esperar a obediência a regras que eles próprios não seguem. Ao chegarem à escola, não devem parar em cima da passadeira nem nas paragens de autocarros nem nos 15 metros anteriores e 5 posteriores como, infelizmente, muitas vezes acontece, o que coloca em risco outros estudantes. A criança não deve sair do carro para o meio da rua, mas sempre do lado do passeio. Se for necessário, devem estacionar em local onde não estorvem a circulação e ajudar os filhos a atravessar na passadeira.
Muitas crianças moram perto da sua escola e fazem o trajecto a pé. Inicialmente vão acompanhadas pelos pais, mas, com o passar dos anos, começam a fazer esse trajecto sozinhos. Uma das primeiras questões é decidir quando se pode aconselhar/permitir que os filhos iniciem essa aventura. Não há uma resposta única. A idade em que tal acontece depende do trajecto (maior ou menor, com ou sem travessia de ruas, com ou sem trânsito, etc.) e das características da própria criança. É conveniente escolher um trajecto que evite pontos perigosos, tais como descampados, ruas/estradas muito movimentadas sem passeios, travessias em locais movimentados sem semáforos ou, pelo menos, passadeiras. Depois de este percurso ser feito várias vezes pela criança, acompanhada pelos pais, e estar bem memorizado por ela, poderá ter chegado a altura de lhe ser dada autonomia para ir sozinha.
Os pais devem ensinar várias regras de segurança muito importantes aos seus filhos, seguindo-se algumas delas:
- A criança deve saber bem o seu endereço, o nome dos seus pais e o seu número de contacto, para pedir ajuda, se necessitar. Às vezes fico admirado com o número de alunos de turmas do 2.º ciclo que desconhecem vários destes dados.
- A criança deve seguir sempre o percurso casa-escola e escola-casa, sem se tentar a ir brincar para outros locais por onde passe.
- A criança não deve aceitar oferta de boleia de desconhecidos, nem sequer se deve aproximar de um carro, se ele parar e o condutor o chamar.
- A criança não deve levar muito dinheiro para a escola. Levará o estritamente necessário e não o deve andar a mostrar.
- A criança deve atravessar sempre nas passadeiras.
Quanto aos pais, devem estar particularmente vigilantes nas primeiras vezes em que os seus filhos começam a ir sozinhos para a escola. Conhecer os horários escolares pode ajudar a controlar a hora a que eles devem chegar a casa. No caso de os filhos chegarem a casa primeiro, poderão pedir-lhes que lhes telefonem à chegada, para ficarem mais tranquilos. Se houver outras crianças na vizinhança, frequentando a mesma escola e com o mesmo horário, poderão combinar ir juntos.
Por fim, se conversar sobre o dia de escola em geral é importante, a conversa acerca do trajecto de e para a escola também o é. Se essas conversas forem frequentes e naturais (e não estilo "interrogatório"), as crianças poderão sentir-se mais à vontade para colocarem os seus problemas e os seus receios, aos quais os pais podem responder retirando a carga negativa colocada pelos filhos ou dando sugestões para eles os ultrapassarem. As crianças poderão igualmente contar episódios que possam não ter valorizado e que os pais considerem preocupantes.
O processo de autonomia dos filhos, nesta como noutras áreas, vai-se fazendo aos poucos, com um crescente abrandamento da supervisão inicial dos pais. Se bem que possa gerar, nos adultos, receios e ansiedade é fundamental que as crianças não sejam superprotegidas e possam seguir normalmente o curso do seu desenvolvimento. Como diz o ditado, "No meio está a virtude." Não devemos deixar as crianças desprotegidas, mas também não podemos sufocá-las com a nossa proteção.

Sem comentários:

Enviar um comentário