27-05-2013
Devido à perda de carreiras
Concelhos do interior com mobilidade
limitada
Os concelhos de baixa densidade demográfica do
interior do país têm a sua mobilidade limitada graças à perda de “muitas
carreiras” de transporte público, afirmou hoje à Lusa o presidente da Comunidade
Intermunicipal do Pinhal Interior Norte (CIm-PIN), João Marques.O responsável alertou que “é preciso estudar a mobilidade terrestre nesta região”, apontando que “a esmagadora maioria das carreiras públicas acabou” nos concelhos do Pinhal Interior Norte. João Marques, também presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, afirmou que “são as autarquias a pagar a manutenção das poucas carreiras que ainda existem”, através de subsídios cujo pagamento é “de legalidade duvidosa”. O presidente defendeu ainda a necessidade de o Estado investir na Rede Ferroviária Nacional, em termos de transporte de mercadorias. “O transporte ferroviário é muito mais barato para o utilizador” quando comparado com o transporte rodoviário, sublinhou. Para retirar “centenas de camiões” das estradas, João Marques considera que a construção de uma ligação ferroviária entre o Pinhal Interior e a Linha do Norte facilitaria o transporte de madeira e derivados para os portos de Aveiro e da Figueira da Foz, assim como para as fábricas de celulose da Região Centro. “Valia a pena estudar esta possibilidade. Os custos ambientais são cada vez mais importantes na perspetivação dos investimentos públicos”, acrescentou.
O presidente da Cim-PIN defendeu ainda a conclusão das obras do Ramal da Lousã, observando que a ferrovia é “fundamental para o desenvolvimento da região”. Em contrapartida, alerta para a adaptação da base aérea de Monte Real, no concelho de Leiria, com o objetivo de dotar o centro do país de um aeroporto.
por: Laura Melgão
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